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3.12.06

De Judiths e Liliths, luas negras, eine andere femme fatale... tudo nome de guerra... valei-me, seu Almada!


O QUE É ISSO, COMPANHEIRA?

O que é isso, companheira?
Tá pensando que é assim?
Vai chegando assim do nada
Penetra na minha festa
Nem perguntou se era bem-vinda
Batesse antes na porta...
- Ô de casa, posso entrar?
Não é assim não, companheira!
Tem que ter savoir faire
Só porque este corpo aqui
Já conheceu outros tantos
Não significa que você pode
Ir chegando e tocando nele
Tenho lá ainda dignidade
E umas certas limitações
Você pegou pesado, companheira!
Entrou de sola e se instalou
E agora, filha, o que faço
Com sua presença incômoda?
Devia ter vindo não, vagabunda!
Até fiquei sabendo por aí
Que você já foi de vários
E a todos deixou no bagaço
Uns nem agüentaram teu furor...
E muitos você ainda freqüenta
Você é uma vadia mesmo, companheira!
Aprendeu até outras línguas
Só para aumentar sua coleção
Brincadeira mais sem graça
Chegar assim de supetão
Sou moço ainda, não vê?
Quero compromisso ainda não
Não, não vem não
Se aproxima mais não
Não, por favor
Afasta essa boca negra
Não...
Me dá esse beijo não...
Putaaaaaaaaaaaaaaa...

(Edmilson BORRET – 03 de dezembro de 2006)
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