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9.3.07

E tudo não passou de um grande engano...

Sabe aqueles dias esquisitos? Quando as pessoas não são o que parecem ser... Tudo duvidoso. Quando não chove, mas também não faz sol... Quando você descobre que sua vida é uma pilhéria, uma piada de mau gosto ou de humor negro e que, ainda assim, você ri da porra toda só para não chorar... E então sobrevêm algumas lembranças... Aí fode tudo de vez. E você se dá conta de que quase doze meses da sua vida não passou de um grande engano. E você descobre que pessoas que lhe pareciam lindas no início tornaram-se feias assim da noite pro dia. Mas feias mesmo, feias por dentro, feias na alma, asquerosas, nojentas, mesquinhas, pequenas, podres.... E vem aquela ânsia de vômito só de lembrar que um dia se nutriu algum sentimento bom por essas pessoas. Talvez o grande aprendizado que advenha de tudo isso é que em nossas muitas relações, virtuais ou reais, estejamos sempre a um passo de avaliações errôneas acerca das pessoas. Por vezes super-estimamos demais algumas e subestimamos outras. Dando, porém, continuidade a esse aprendizado, lançando mão de muita disciplina e alguma orientação, em pouco tempo, a gente consegue uma reeducação geral. Retomam-se atividades que nos davam prazer, readquirem-se hábitos saudáveis, e regulam-se o sono e a alimentação. Aí então seremos pessoas muito mais dispostas e, de quebra, mais leves... Mas essa "transformação" pode ser ainda mais profunda e eficaz. A gente sente falta de tudo e de todos que considera importantes, mas, para nossa surpresa e alegria, a gente descobre também o que era excesso. E é aí que está o segredo. E, num radiante momento de clarividência e atenção para com nossos sentimentos, a gente se pergunta: “Precisamos mesmo disso? Vai nos fazer bem ou nos acrescentar alguma coisa? Qual é o saldo, a relação custo/benefício?" Portanto, pense duas vezes antes de se empanturrar com uma caixa inteira de chocolates ou se embebedar com uma garrafa de vinho ou se aniquilar com uma caixa de anti-depressivos... e faça o mesmo antes de deixar as pessoas participarem da sua vida. Afinal, "você é o que você come", "quem com porcos anda, farelos come" e "diga-me com quem andas que eu te direi quem és"...
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