Seguidores

12.11.06

"Somos pássaro novo, longe do ninho..."


É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há

Me diz por que o céu é azul
Explica a grande fúria do mundo
(...)
Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia

(Renato Russo)

É lugar-comum pra caralho, reconheço. Mas absolutamente verdadeiro e certo como dois e dois são quatro... Categórico e radical demais? Pura desesperança, alguns diriam? Foda-se! Não perguntei nada a ninguém...

Acrilic on canvas


É saudade,então
E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi entre as tintas que inventei
Misturei com a promessa que nós dois nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei você em luz e sombra

E era sempre:"Não foi por mal"
Eu juro que nunca quis deixar você tão triste
Sempre as mesmas desculpas
E desculpas nem sempre são sinceras
Quase nunca são

Preparei a minha tela
Com pedaços de lençóis que não chegamos a sujar
A armação fiz com madeira
Da janela do seu quarto
Do portão da sua casa
Fiz paleta e cavalete
E com as lágrimas que não ficaram com você
Destilei óleo de linhaça
E da sua cama arranquei pedaços
Que talhei em estiletes de tamanhos diferentes
E fiz,então,pincéis com seus cabelos
Fiz carvão do baton que roubei de você
E com ele marquei dois pontos de fuga
E rabisquei meu horizonte

E era sempre:"Não foi por mal"
Eu juro que não foi por mal
Eu não queria machucar você
Prometo que isso nunca vai acontecer mais uma vez

E era sempre,sempre o mesmo novamente
A mesma traição

Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito,ela não mora mais aqui"
Mas então,por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"

(Renato Russo)

Guerra "das" estrelas - Episódio II: O ataque (de pelanca) dos clones... Muita complexidade dá nisso...


- Pô, mas vc tinha dito que isso, que aquilo, que pererê pão duro... Vc esqueceu?
- Ué, mas vc tb tinha dito que isso, aquilo e aquilo outro. Esqueceu tb?


Pois é, você me disse muita coisa. E eu também te disse muita, mas muita coisa mesmo. E não me arrependo de nada do que disse. Estaria até mesmo disposto a repetir tudo o que eu disse, se eu achasse que você ainda merecesse ouvir. Mas antes que eu seja tachado mais uma vez de hipócrita e que você me mande de novo ir tomar bem profundo naquele lugar, é preciso que te diga: TÔ PULANDO FORA!!!!!!! E coloco isso em letras garrafais, caixa alta e negrito, para que você mesmo leia isso, para que não seja preciso que ninguém vá te chamar para vir aqui ler (se bem que já posso imaginar de antemão o prazer que isso traria ao arauto em questão). É como você mesmo dise: essa porra dessa história toda não nos vai levar a parte alguma. Seus medinhos, suas certezas calcadas em belas fantasias de contos de fadas não te permitirão jamais enxergar o que está na tua cara há muito tempo. Porra, acorda Alice! Isso aqui não é Hollywood não, caralho! É quando muito uma novelinha água com açúcar reprisada no "Vale a pena ver de novo" da Globo. "I swear" é o cacete, baby!!!!!! Quem vive de passado é museu. Amar mais o sentimento amoroso em si do que a pessoa que o despertou não tem nada a ver. Cai na real!!! E depois ainda vem me acusar de ser eu o neurótico que fico criando idéias na minha cabecinha doente... ah, me poupe, tá legal? Então fica assim combinado: você escolheu seu caminho (a família tá até crescendo... hehehe), eu escolhi o meu. O triângulo de dois vétices (onde o terceiro deveria ficar na penumbra) volta a ser uma linha reta: a menor distância entre dois pontos. Isso mesmo, bem retinha, sem desvios, sem sustos, sem surpresas... Vidinha calma, bem pacata, onde todo mundo sabe o que todo mundo sabe, mas prefere se manter por trás de mesagens cifradas, códigos hipócritas e máscaras quotidianas. Eu não. Eu dou a cara a tapa, meu bem. Ainda que isso signifique me foder de verde, amarelo e fúcsia. Sempre fui assim e sempre serei. Você diz que não se auto-censura???!!! Hahahaha... faz-me rir... Mas, de repente, você tem razão: não é auto-censura, você simplesmente deixa que te censurem. O que, a meu ver, é muito mais grave. Nem por todo amor do mundo eu permitiria que me fizessem isso, ah isso não. E o hipócrita sou eu... tsc tsc tsc tsc...
Sim, você reclama e pergunta se eu esqueci as coisas bonitas que eu te disse um dia. Não, eu não esqueci. E só mais por uma vez, vou te refrescar a memória. Eu já te mostrei isso, mas como de repente não houve o terceiro alguém para te chamar a atenção, talvez a coisa tenha te passado meio que despercebida. Presta atenção desta vez, tá?

CLONES EM TODOS OS SENTIDOS
"A lágrima não é só de quem chora."
(Ana Carolina)


Achas mesmo que não sinto
o que arde em teu peito?
Bem sabes que nada tens
que em mim não reconheças
Sou teu espelho que anula a distância
Mares, fronteiras, línguas desaparecem
quando me olhas assim com ternura
E nesse reflexo, objeto e imagem
se anulam e se refazem -
positivo e negativo que se encontram...

Achas mesmo que não escuto
teu grito de dor?
Bem sabes que de meus pulmões
também o lanço na noite
e em uníssono o entoamos...
Somos feitos do mesmo molde
da mesma carpintaria
erguidos do mesmo concreto
torres gêmeas despencadas
no mesmo onze de setembro...

Achas mesmo que não vejo
teus olhos marejarem?
Bem sabes que te permiti
secá-los nos meus
e, assim, molhá-los também.
Sou o eco de tuas palavras
Sou a legenda do teu som
Nesse filme de opostos que dialogam
E o olho dessa câmera
em conexão cotidiana e duradoura
não permitirá a ninguém –
nem a mim, nem a ti, meu amor
mudar o roteiro que escrevemos juntos.

Achas mesmo que não sinto
teu hálito alcoolizado de pranto?
Bem sabes que nos embriagamos
do mesmo copo tantas vezes
Quando na madrugada me chamaste
e a ti corri obediente
És meu vício – I’m addicted to you
Estás nas minhas veias
És minha doença e minha cura.

Achas mesmo que não sinto
o sabor da tua lágrima?
Bem sabes que teus líquidos e humores
me são todos conhecidos.
Tu me desnudas, me invades
me destróis e me recompões
E o amálgama que usas
nos consolida – eis teu ofício!

(Edmilson BORRET – 24 de setembro de 2006)

Eu te disse, eu te disse, eu te disse!


Hahahahaha... Calma, gente! Não é uma crise de saudosismo não. Se bem que "Carangos e motocas" era show de bola, não?
Mas o título dessa postagem deve-se tão somente à advertência que eu havia feito quando lancei o convite para que viessem conhecer meu blog. Lembro que falei que os mais sensíveis e susceptíveis ficassem longe. Não acreditaram... Eu te disse, eu te disse, eu te disse.... Hahahahahaha
Mas vocês sabem como é, né? Curiosidade matou o gato... E todo mundo quer ter seu dia de gato (ou gata)... hehehehehe
E não é que tem neguim que nem fala direito comigo e que veio aqui no blog vasculhar e foi correndo bater pra outras pessoas: "Você viu o que o Ed escreveu lá no blog dele?"... kuákuákuákuákuákuá... Tô adorando algumas reações!!!!!
Ah sim, não sei se vocês perceberam, mas tô ficando famoso. Até a cantora belga Viktor Lazlo (é cantora mesmo, apesar do nome) andou visitando meu blog. Deixou comentário e tudo lá na postagem sobre o Aznavour... Não tô falando??!!! Não é pouca merda não, é um balde cheio.... Hahahahaha
Quer saber? Pra esses que andam por aí visitando o blog em surdina, sem a coragem necessária de vir me questionar o verdadeiro sentido das minhas postagens (se bem que nada garante que eu o direi... hehehehe) e que saem por aí falando " você viu o que ele disse", só tenho dois recadinhos a dar:

Que importa que o mundo fale?
Responde com um sorriso,
- Um sorriso, e nada mais.

Quando alguém
Só por suposições
Afirma
Alguma coisa má de nós
É porque tem a consciência
De que posto no mesmo caso
Nele seria uma verdade
O que em nós é aparência.

Um sorriso - e nada mais:
Sim, faz o mesmo que eu faço.

(António Botto)



POEMINHA DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

(Mario Quintana)
Related Posts with Thumbnails