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12.12.06

A força que nunca seca...



Para aqueles que ainda não sabem, eu sou fã de carteirinha da Bethânia. Tenho quase todos os cds da diva. Hoje estava ouvindo a música do Chico César e da Vanessa da Matta chamada A força que nunca seca, que ela gravou no cd de mesmo título e, de repente, me lembrei de minha mãe. Sei lá, talvez essa época de festas, não sei... Comecei a lembrar da força da minha mãe e cada palavra da música batia fundo em mim e parecia pintar o retrato de minha mãe: encurvada por um grave problema de coluna, cheia de problemas de coração e de pressão arterial, mas batalhadora como ninguém. Mulher de fibra estava ali. Sem ela eu não seria nem 1/4 do que sou hoje. Minha mãe, apesar de não saber ler nem escrever, sempre achou que os filhos deveriam "ser alguém na vida". Bom, se me tornei alguém na vida eu não sei... mas que fugi de certa forma àquela realidade de pobreza, fome e maus tratos que ela conheceu na infância e adolescência, isso eu acho que consegui. Pena que ela não pôde desfrutar de uma possível boa vida que eu poderia oferecer-lhe. Minha mãe morreu aos 48 anos, vitimada pelo coração. Logo pelo coração... o que ela tinha de mais bonito, de maior e, ao mesmo tempo, de mais frágil...



A Força Que Nunca Seca

Já se pode ver ao longe
A senhora com a lata na cabeça
Equilibrando a lata vesga
Mais do que o corpo dita
Que faz o equilíbrio cego
A lata não mostra
O corpo que entorta
Pra lata ficar reta
Pra cada braço uma força
De força não geme uma nota
A lata só cerca, não leva
A água na estrada morta
E a força que nunca seca
Pra água que é tão pouca







Essa época de Natal e Ano Novo é foda... fantasmas vêm, fantasmas vão... fantasmas insistem em nos rodear... E haja peito para acolhê-los todos...
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