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16.12.07
Vídeo-poema para a Cel
Ainsi céleste
Petite fille venue du ciel, aérienne, cosmique...
La voûte elle-même qui nous recouvre...
Couleur bleu céleste, azur...
Demeure céleste, paradis...
Manne céleste, nourriture de l'âme...
Voix céleste, chant pour nos oreilles...
Armée céleste, ange, angellus
messagère divine à caractères humains...
C'est l'est
c'est l'ouest
c'est le nord
c'est le sud...
Voilà mon amie Céleste!
(Edmilson BORRET)
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29.11.06
Mulheres do meu Brasil varonil, um tostão da minha voz para vocês!
"Você vê os meus cachos? Me olhe de novo"– diz a propaganda idiota.
Por que eu iria querer olhar só pros seus cachos? Se você for realmente interessante eu vou te olhar é de qualquer jeito, mesmo você sendo careca, sua cacheada superficial do cacete! Porra, é foda! Mas quando o assunto é publicidade de cosméticos, por que as mulheres são sempre ridicularizadas?
Ou será que não é o Brasil patriarcal (e o mundo inteiro, notadamente a ocidentalidade) que estaria precisando de um cremezinho para as rugas????? Putz! A noção de beleza feminina está mais muxibenta que meu saco!!!!! E tome Revlon, e L’Oréal, e Herbal’s Life, e Avon, e Natura e o cacete! E a perguntinha incômoda: “Querida, você já pensou em emagrecer enquanto dorme?” Ao que a minha amiguinha Daia respondeu hilariamente:
“Sim, eu já pensei em emagrecer enquanto durmo! Também pensei em fazer luta-livre enquanto cago, em aprender russo, tcheco e aramaico enquanto assisto à tv, em fazer mestrado e doutorado enquanto ando de ônibus, e inclusive desenvolvi uma técnica muito interessante que me permite almoçar e escovar os dentes simultaneamente...”
Ou será que não é o Brasil patriarcal (e o mundo inteiro, notadamente a ocidentalidade) que estaria precisando de um cremezinho para as rugas????? Putz! A noção de beleza feminina está mais muxibenta que meu saco!!!!! E tome Revlon, e L’Oréal, e Herbal’s Life, e Avon, e Natura e o cacete! E a perguntinha incômoda: “Querida, você já pensou em emagrecer enquanto dorme?” Ao que a minha amiguinha Daia respondeu hilariamente:
“Sim, eu já pensei em emagrecer enquanto durmo! Também pensei em fazer luta-livre enquanto cago, em aprender russo, tcheco e aramaico enquanto assisto à tv, em fazer mestrado e doutorado enquanto ando de ônibus, e inclusive desenvolvi uma técnica muito interessante que me permite almoçar e escovar os dentes simultaneamente...”
Hahahahaha... Valeu, Daia!
Aí vieram me perguntar por que eu enalteço tanto a mulherada. É citação aqui no blog, é depoimento, é poema e o escambal... Ora bolas, por quê... Bom, primeiro porque elas me paparicam. E eu adoooooro ser paparicado. Sim, mesmo tendo sido um cara sempre muito independente e auto-suficiente, eu adoro. Mamãe me paparicava, minhas irmãs me paparicam, e as moçoilas que conheci vida afora sempre me paparicaram também. Sempre me encherem de mimos, cafunés e beijinhos gostosos. Aí, o neguinho aqui se derrete todo. Que essa porra é bom demais!!! E o mané aí que não gosta de um paparico, que atire a primeira pedra. (Vai! Pode atirar, seu puto! Ainda tenho certa flexibilidade e reflexo para me abaixar ou me desviar numa guinada rápida na hora exata da pedrada) Segundo - e talvez mais importante - porque mulher é foda, meu camarada! Não tem jeito: bobeou, dançou. Elas têm a porra do tal do sexto sentido, saca? É. Parece que te adivinham. Te sacam no primeiro olhar. Te reviram por dentro e te põem a nu sem piedade. Eu é que não serei burro de entrar num embate com elas. Vou perder bonito!!! É a velha história: se não podes vencer teu inimigo, junta-te a ele. Eu tô é do lado delas mesmo. Vou enaltecê-las sim e colocar meu rabinho entre as pernas que eu não sou besta.
Mas também é o seguinte: eu não embarco nesse papo babaca de divinizar a mulherada só por causa do seu ventre não. Esse é mais um dos malefícios reducionistas da mentalidade patriarcal, ocidental, judaico-cristã. Por conta desse papo é que puseram, durante muito tempo, a mulher num pedestal bem alto, mas esqueceram de colocar uma escadinha ali ao lado para o caso de ela querer dar uma descidinha de vez em quando (nem que seja pra dar uma mijadinha). Tiveram que pular, coitadas! E além do mais, por esse prisma, as mulheres que não podem engravidar então não teriam nada de divinas, né? Porra! Sacanagem! Quer saber? Santas e putas deveriam ser todas as mulheres. E esse é que o barato da coisa. Elas são santas enquanto putas. E putas enquanto santas. Nós, ou somos putos ou somos santos. Homem não tem meio-termo: essa é a mais triste das verdades. Nós temos é meio-das-pernas, para onde parece termos canalizado a presença ou a ausência da santidade ou da putaria. E o meio-das-pernas não admite meio-termo. Ou tá mole ou tá duro. Não riam: é sério! Mulher parece não nos exigir tanto o meio-das-pernas e, ao mesmo tempo, parece não abdicar dele: é isso que nos funde a cabeça. Mas vai lá! Ainda assim estou com elas. Como eu já disse, eu sou sensato.
Hoje, por exemplo, eu fiz uma mulher feliz. E olha que nem foi por causa do meu pau (que, modéstia à parte, é bem acima dos padrões). Fiz uma mulher feliz porque lhe toquei os sentidos (não sei se o sexto ou qual outro). Escrevi-lhe um poema. E nessa história de escrever, parece que a gente se aproxima um pouco mais da feminilidade. Não sei, mas eu sempre achei que o dom da palavra é primazia das mulheres. Moacyr Scliar também achava isso ao nos brindar com seu delicioso e satírico livro A mulher que escreveu a Bíblia, onde uma mulher do nosso tempo submete-se a uma terapia de vidas passadas e conclui que numa encarnação anterior, há três mil anos, foi ela que escreveu a primeira versão da Bíblia. Legal seria se fosse verdade, não? Nossa! Muita coisa poderia ter sido diferente.
Mas sim, fiz uma mulher feliz hoje ao lhe escrever um poema. E outros já escrevi para outras mulheres. E outros continuarei a escrever. Aqui mesmo neste blog, vocês, caros leitores, já tiveram a oportunidade de ler duas homenagens a duas mulheres incríveis: a Miriam e a Divina. Agora faço mais quatro beldades felizes: a guerreira Celeste lá na França (que num conto de fadas ao avesso, viu seu príncipe transformar-se em sapo, e sapo feio), minha grande amiga Filomena (Filó, Fifi, Fiona, como queiram), a linda Isabel (ou Sininho ou Bel, ou BELdade) e a forte Valéria Olivier (a Val).
À parte toda essa babaquice sem sentido que falei aí em cima, saibam, mulheres, que adoro vocês!!!!
Aí vieram me perguntar por que eu enalteço tanto a mulherada. É citação aqui no blog, é depoimento, é poema e o escambal... Ora bolas, por quê... Bom, primeiro porque elas me paparicam. E eu adoooooro ser paparicado. Sim, mesmo tendo sido um cara sempre muito independente e auto-suficiente, eu adoro. Mamãe me paparicava, minhas irmãs me paparicam, e as moçoilas que conheci vida afora sempre me paparicaram também. Sempre me encherem de mimos, cafunés e beijinhos gostosos. Aí, o neguinho aqui se derrete todo. Que essa porra é bom demais!!! E o mané aí que não gosta de um paparico, que atire a primeira pedra. (Vai! Pode atirar, seu puto! Ainda tenho certa flexibilidade e reflexo para me abaixar ou me desviar numa guinada rápida na hora exata da pedrada) Segundo - e talvez mais importante - porque mulher é foda, meu camarada! Não tem jeito: bobeou, dançou. Elas têm a porra do tal do sexto sentido, saca? É. Parece que te adivinham. Te sacam no primeiro olhar. Te reviram por dentro e te põem a nu sem piedade. Eu é que não serei burro de entrar num embate com elas. Vou perder bonito!!! É a velha história: se não podes vencer teu inimigo, junta-te a ele. Eu tô é do lado delas mesmo. Vou enaltecê-las sim e colocar meu rabinho entre as pernas que eu não sou besta.
Mas também é o seguinte: eu não embarco nesse papo babaca de divinizar a mulherada só por causa do seu ventre não. Esse é mais um dos malefícios reducionistas da mentalidade patriarcal, ocidental, judaico-cristã. Por conta desse papo é que puseram, durante muito tempo, a mulher num pedestal bem alto, mas esqueceram de colocar uma escadinha ali ao lado para o caso de ela querer dar uma descidinha de vez em quando (nem que seja pra dar uma mijadinha). Tiveram que pular, coitadas! E além do mais, por esse prisma, as mulheres que não podem engravidar então não teriam nada de divinas, né? Porra! Sacanagem! Quer saber? Santas e putas deveriam ser todas as mulheres. E esse é que o barato da coisa. Elas são santas enquanto putas. E putas enquanto santas. Nós, ou somos putos ou somos santos. Homem não tem meio-termo: essa é a mais triste das verdades. Nós temos é meio-das-pernas, para onde parece termos canalizado a presença ou a ausência da santidade ou da putaria. E o meio-das-pernas não admite meio-termo. Ou tá mole ou tá duro. Não riam: é sério! Mulher parece não nos exigir tanto o meio-das-pernas e, ao mesmo tempo, parece não abdicar dele: é isso que nos funde a cabeça. Mas vai lá! Ainda assim estou com elas. Como eu já disse, eu sou sensato.
Hoje, por exemplo, eu fiz uma mulher feliz. E olha que nem foi por causa do meu pau (que, modéstia à parte, é bem acima dos padrões). Fiz uma mulher feliz porque lhe toquei os sentidos (não sei se o sexto ou qual outro). Escrevi-lhe um poema. E nessa história de escrever, parece que a gente se aproxima um pouco mais da feminilidade. Não sei, mas eu sempre achei que o dom da palavra é primazia das mulheres. Moacyr Scliar também achava isso ao nos brindar com seu delicioso e satírico livro A mulher que escreveu a Bíblia, onde uma mulher do nosso tempo submete-se a uma terapia de vidas passadas e conclui que numa encarnação anterior, há três mil anos, foi ela que escreveu a primeira versão da Bíblia. Legal seria se fosse verdade, não? Nossa! Muita coisa poderia ter sido diferente.
Mas sim, fiz uma mulher feliz hoje ao lhe escrever um poema. E outros já escrevi para outras mulheres. E outros continuarei a escrever. Aqui mesmo neste blog, vocês, caros leitores, já tiveram a oportunidade de ler duas homenagens a duas mulheres incríveis: a Miriam e a Divina. Agora faço mais quatro beldades felizes: a guerreira Celeste lá na França (que num conto de fadas ao avesso, viu seu príncipe transformar-se em sapo, e sapo feio), minha grande amiga Filomena (Filó, Fifi, Fiona, como queiram), a linda Isabel (ou Sininho ou Bel, ou BELdade) e a forte Valéria Olivier (a Val).
À parte toda essa babaquice sem sentido que falei aí em cima, saibam, mulheres, que adoro vocês!!!!
DEPOIMENTO A CELESTE

Petite fille venue du ciel
aérienne, cosmique
La voûte elle-même qui nous recouvre
Couleur bleu céleste, azur
Demeure céleste, paradis
Manne céleste, nourriture de l'âme
Voix céleste, chant pour nos oreilles
Armée céleste, ange, angellus,
messagère divine à caractères humains
Celeste... c'est l'est
c'est l'ouest
c'est le nord
c'est le sud
Voilà mon amie Céleste!
(Edmilson BORRET - Junho de 2006)

DEPOIMENTO A FILOMENA

FILÓ...
FILÓ...
FILÓ...
FILO-sofia pura...
FILO-logia do linguajar quotidiano...
FILO-dermia no toque suave
das mãos de fada...
FILO-genia das idéias abstratas...
FILO-neísmo sempre crescente...
FILO-tecnia digna das musas..
Teu nome é prefixo dos mais belos,
significando amiga e amante.
Teu nome é também espécie de tecido leve
que cobre a candura e a pureza das mulheres
em forma de véu.
FILOMENA, teu nome é homenagem a santa virgem mártir.
Rendo homenagem a essa grande amiga,
conhecida aos poucos,
em gotas homeopáticas e eficazes.
Confesso minha FILOginia
aos pés dessa grande e maravilhosa mulher!!!
Ave, Filó, gratia plena!
LUMENA - pax cumte - FI!
(Edmilson BORRET - Agosto de 2006)

VESTIDA PARA NÃO SE MATAR
a Isabel Goulart

Cobre teu corpo de pedrarias e ouro
Tua boca, do mais sensual carmim
Nos teus olhos, o mais fino delineador
A sombra mais provocativa
O rímel mais ousado que possuíres
Um vestido do mais caro tafetá
Que te revele as ancas de deusa pagã
E o colo de santa no altar
Decerto que te cairá bem
Cobre tuas pernas com a seda
Da fina meia que as revele
E teu sexo, com a textura da renda branca
Cobre-te de sensualidade proposital
Não te cubras mais de dores
Temores e perdidos amores
Já tens por ora
Tuas cólicas, teus mênstruos
Para que buscar mais?
Não cubras mais tuas noites
De infrutífera e vã vigília
Nem tua garganta da secura
Das pílulas e gotas -
Esta merece o calor redondo e macio
Do mais caro vinho
Ou do mais abusado champanhe...
Cobre-te de estima e zelo, mulher!
E a nós seja dado
Cobrir-te de admiração e desejo
E se te ferirem o coração
Fura aos olhos do insano
Com o salto do scarpin
Que te emoldura os pés de gueixa
Que uma certa crueldade vingativa
Só fará por te acrescer
Mais charme e sedutora beleza...
Sim, cobre teu corpo de pedrarias e ouro
E teus sonhos, cobre-os de cuidados...
(Edmilson BORRET – Outubro de 2006)

VALÉRIA NÃO GOSTA DE CHÁ DE PANELA
a Val Olivier
Valéria não gosta

de chá de panela
nem chá de cadeira
nem chá de cidreira
Valéria quer mesmo
é despedida de solteira
com gatos em sua soleira
Paus de cenoura, tomate e bombril
é coisa de Amélia
não é de Valéria
Não se é puta porque pariu
Não se é santa porque não abriu
Entre a puta e a santa
de norte a sul do Brasil
há alma de Valérias tanta
e homem sem alma não ver fingiu
Mas Valéria ainda canta
e leciona e cozinha e desenha
no tecido de materna manta
rosas vermelhas e girassóis
E palavra doce empenha
no linguajar de seus lençóis
Valéria amou, namorou, casou
e em filosofia de biscoito
Valéria um dia se perguntou
do nada no meio do coito
se mais deu porque recebeu
(mulher perguntando desmonta a gente)
ou só recebeu porque enfim deu
Resposta não tendo
ou a tendo de meia-sola
Valéria deu mais linha à pipa
Pouco não quer
que é mulher de escola
E cara a cara com a fera
Valéria se fez mais bela
De boazinha fez-se boa
e não gosta mais de chá de panela.
(Edmilson BORRET – Novembro de 2006)
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