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27.12.06

Piquenique no front...



Não. Não é da peça do Arrabal que estou falando não. Mas não deixa de ter lá seu lado "absurdo"... Falo desses espíritos sem luz que, do nada, vêm assombrar nosso scrapbook lá no orkut... Gente nojenta!!!!
Eu hein, Rosa! Bandeira branca acenando da outra trincheira a essa altura do campeonato???!!!! Estou me sentindo o próprio Zapo (personagem da peça do espanhol Fernando Arrabal), numa esdrúxula situação em que mamãe e papai chegam para uma visita-piquenique em pleno front de guerra - personagens meio lesados e ingênuos, meio anestesiados, ignorando todas as atrocidades que rolam nos bastidores de uma guerra.... Ou então nem tão lesados assim. O que me faz pensar que é muita vontade de correr o risco de levar um tiro nas fuças ou uma bela porrada na cara mesmo. Pode uma porra dessas????!!!! Proselitismo pra cima de moi ? Nossa! Quanto altruísmo! Quanta bondade no coração! Que gesto lindo!... Sei lá, mas é o que já falei aqui uma vez: bondade demais não me inspira muita confiança. Há algo de podre no reino da Dinamarca! ("Quem sabe o mal que se esconde no coração dos homens? O Sombra sabe!") Quer vir pro front? Que venha então. Mas eu não me responsabilizo se cair de cara na lama do fosso das trincheiras, valeu? Ah, não fode, porra!!!!! Depois, eu é que sou o anormal....
Bonzinhos de merda, arrependei-vos enquanto é tempo!!!! Senhor, perdoai-os! Eles não sabem o que fazem nem o que dizem, coitados...



Camisa de Força

Quero ouvir você dizer que eu estou doente
Que não sei mais o que faço
Que me perdi completamente
Quero ouvir a sua voz gritar que enlouqueci
Que meu riso é feito pranto e que meu pranto ri
Pois não faz mal, ninguém corre mais que a corça
No Natal me dê uma camisa de força

Quero ver no jornal que eu bato berro e brigo
Mas quem sonhou dormiu comigo e ganhou mais um amigo
Seu conselho é que a bebida é minha inimiga,
Mas me protege e do seu frio ao menos me abriga
Não faz mal o que brilha é a loucura
Passa aqui a garrafa que eu devolvo a cura

Quero ver a grande fila no final do mundo
Toda a gente se empurrando desse jeito imundo
Quero ver a sua cara olhar o viramundo
E Deus me atender primeiro porque sou vagabundo

Mas não faz mal é dos loucos todo o céu
Sou criança bem doce mais gostosa que o mel.

(Angela Rô Rô)


Porra! Se não tem mais o que fazer, vai fazer tricô com as tias, vai preparar a quermesse lá da paróquia. Quem foi que disse que eu tenho lá vocação para o bom ladrão? Estou muito bem aqui na minha cruz. Vai cantar de bonzinho em outro calvário, vai! Que merda!

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