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18.11.06

Não serei o poeta de um mundo caduco...


E também não cantarei porríssima de mundo futuro nenhum. Nem tenho bola de cristal, cacete!!! Quando muito desafinarei algumas notas a esse velho mundo presente, podre antes do tempo, estagnado como a água das poças das ruas desse subúrbio imundo. Quem quiser levianamente vaticinar alguma luz no fim do túnel, que o faça, mas não conte comigo... Infelizmente, ainda estou preso à vida e olho bestificado meus companheiros. Estão taciturnos e burros, mas ainda nutrem grandes esperanças, coitados !!! Guardam até dinheiro em caderneta os infelizes... Acumulam-se de provisões para uma momento que não sabem qual, mas que lhes disseram que viria... São formiguinhas de la Fontaine a escarnecer a cigarra desafinada aqui... Entre eles, considero a enorme obtusidade, a perversa bondade e repudio sua caridade de sacolinha de igreja... Não nos afastemos muito, seus nojentos !!! Quero tê-los ao alcance da minha mão na hora do soco... Seus hipócritas de merda !!! Vamos de mãos dadas... e sujas !!! Distribuiria, de bom grado, entorpecentes e cartas de suicida... Mas duvido muito que vocês os engoliriam, duvido muito que vocês as leriam...


GRANDEZAS & MISÉRIAS

Nada foi dito.
Pensa-se muito
mas nada é dito.
E teu futuro não espelha
grandeza nenhuma.
No meu coração
sei que a fábula é única.
O tempo passa
a história o enfrenta.
No fundo do meu coração
percebo a miséria de se estar.
No meu coração sei que nada foi dito.
No meu coração - e eu o tenho.
Tu bem sabes, Marília:
eu quase tenho um coração
maior que o mundo.

(Edmilson BORRET)

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