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17.3.07

VERSOS DE DESENCANTO

Enquanto em versos canto
(cantava!)
aos quatro cantos
teus mil encantos
conseguiste como
que por encanto
plantar no meu verso
o desencanto
E vens agora me dizer
sei lá de que canto
que minha falta é tanta
que te aquebranta
Porém me espanta
que teus muitos recantos
e teus tantos encontros
não te cubram o pranto
Não, não é rancor
o que agora te conto
mas por enquanto
deixa-me aqui
no meu canto
Quem sabe um dia
eu te reencontro.

(Edmilson BORRET – 17/03/07)




Eu não estava preparado para essa sua vinda de repente. Pegou-me de surpresa esse seu manque... Como recorrer não sei às musas de outrora, faço-o mais modernamente:
- Canta agora, ó Fagner, o que em meu peito explode!


Revelação

Um dia vestido

De saudade viva

Faz ressuscitar

Casas mal vividas

Camas repartidas

Faz se revelar


Quando a gente tenta

De toda maneira

Dele se guardar

Sentimento ilhado

Morto, amordaçado

Volta a incomodar

4 comentários:

Unknown disse...

Adoro isso:

"Que posto que em cientes muito cabe, mais em particular o experto sabe." (Luís de Camões, Os Lusíadas, X, 152).

Ame esse "mininu":

http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=5394067210312981654

Edmilson Borret disse...

Querida Dea,
Camões com Camões se paga... hehehe

"E sabei que, segundo o amor tiverdes,
tereis o entendimento de meus versos."

(do soneto "Enquanto quis Fortuna que tivesse")

Bjs

Anônimo disse...

O que dizer... lindo! Eu me vi...
Já declarei meu encantamento nas comus.
Bjs.

Unknown disse...

Pois é, mon professeur, tem gente que só dá valor pra gente qdo perde... depois vem chorar sobre o leite derramado. O negócio é mandar ralar mesmo esses fantasmas do passado que só nos fazem mal.
abração!

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