Ai essa febre
essa dor no peito
essa falta de ar
esse amargor na boca
essa vontade de chorar
essa tristeza sem fim
- É grave, doutor?
- Tens o pulmão esquerdo
perfurado
morto
necrosado.
- E o coração, doutor,
o coração, o coração?...
- Ir-re-me-di-a-vel-men-te
perdido, meu rapaz...
Também
quem mandou abusar?
Quem mandou
não lhe saber os limites?
Quem mandou amar tanto?
(Edmilson BORRET)
Um comentário:
Poxa, Edi, postei o comentário no texto errado. Era aqui que eu deveria ter postado. Então resolvi copiar e abaixo vai colado:
E lá se foi o pulmão, mas o coração permaneceu. Este último disse no enterro daquele: "antes ele do que eu". Assim, o coração continuou a caminhar, um dia para ou se arrebenta, quando no caminho a foice profunda e lenta da última amada encontrar. (RIO, 05/10/2010, 12h10m)
5/10/10 12:10
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