(Autoria da foto: Edmilson Borret - 06/03/2010)
Dança meu anjo!
Deixa as asas na cadeira
E dança!
A vida cá fora
não anda lá essas coisas
Por isso, dança!
Dança conforme a música
Dança conforme o peito
A justeza do traço
no itinerário do braço -
tua óbvia indulgência.
Salta do mistério do chão
envolve teu corpo
no sem-forma do ar
Que assim te amamos mais:
lá do alto nos buscas
nos recompões da dureza –
de novo homens viramos
porquanto leves,
perenes.
O corpo em delito flagrante
gestos exatos inocentam
Por isso, dança!
Deixa as asas na cadeira
E dança!
(Edmilson Borret – 03/12/2010)
2 comentários:
E se o anjo resolver mesmo deixar as asas na cadeira e estas dançarem por conta própria? E se acadeira roubar as asas e, ao tornar-se alada, também se por a bailar? E se o chão invejoso de pedra roubar a leveza das nuvens e tentar uns passos a la fred aster?
E se o anjo encontrar a olivia newton john e tentar imitar o anjo de jonh travolta tentando imitar fred aster? Nossa, se tudo passar a bailar assim, prometo tornar-me um outro anjo dançarino e pegar minhas moletas para fazer meus pés de valsa. Ei, rapaz, larga minhas asas..
É muito "se" nessa contradança... Haja asa para tanto desejo!!!
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