Seguidores

16.12.06

Vínculos... caminhos .... cadê companhia?

É nisso que dá ficar revirando a coleção de cds... A gente descobre umas fossas lá do fundo do baú, sobretudo numa sexta-feira à noite, depois de esvaziar mais uma garrafa do vinho mais vagabundo e adocicado que há por perto. Digo-me que eu deveria querer menos do que quero ... e, no entanto, é do querer que nasce o saber ... querer mais é viver. Não sobra tempo para nada nem forças para além daquilo que me impede de submergir completamente... E reviro os cds... Aí vem a voz da Clara Nunes fazer eco às dores...



Sem Companhia

Tudo que esperei de um grande amor
Era só juramento
Que o primeiro vento carregou
Outra vez tentei mas pouco durou
Era um golpe de sorte
Que um vento mais forte derrubou

E assim de quando em quando
Eu fui amando mais
Passei por ventos brandos
Passei por temporais
Agora estou num cais
Onde há uma eterna calmaria
E eu não aguento mais
Viver em paz sem companhia

(Ivor Lancellotti / Paulo César Pinheiro)




Amante sem coisa amada é beco sem saída mesmo. É ponte quebrada. É barricada na estrada. É deslizamento de terra na via...

Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.

Não é que o corno do António Machado tinha lá uma certa razão...


Quer saber? Vou lá catar o feijão e deixar de molho pra amanhã.
Boa noite!

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails